Leitores da Folha reagem ao editorial sobre economia e governo Lula

O editorial da Folha de São Paulo publicado em 21 de dezembro, que abordou os desafios econômicos enfrentados pelo Brasil, gerou diversas reações entre os leitores, com opiniões divididas sobre a postura do jornal em relação ao governo Lula e à situação fiscal do país.

Geraldo Tadeu Santos Almeida, de Itapeva (SP), criticou a falta de menção aos principais responsáveis pela alta de gastos no governo, apontando os deputados e senadores como culpados pela situação financeira atual. Para ele, os parlamentares, descritos como “vendilhões do templo”, são os verdadeiros responsáveis pela falta de controle das finanças públicas, sugerindo que o Brasil se comporta como um regime parlamentarista em vez de presidencialista.

Em contraponto, Ines Vieira Lopes, de Campinas (SP), lamentou a postura da Folha em relação ao governo Lula, afirmando que o jornal falha ao não reconhecer os avanços econômicos do país até o momento. “Torçamos pelo Brasil e não pela piora na economia”, disse ela, sugerindo que o jornal deveria ser mais positivo e menos cético sobre os resultados da atual gestão.

Outros leitores também opinaram sobre o editorial de maneira crítica. Ruy Quintão, do Rio de Janeiro (RJ), parabenizou o jornal pela análise técnica e objetiva, mas discordou da visão sobre a credibilidade das autoridades econômicas, questionando a capacidade do governo de corrigir a rota com a atual liderança. Já Laura Mourão, de Manaus (AM), destacou o papel do Congresso em dificultar cortes necessários de subsídios e sugeriu que a proposta do jornal, que sugere um ajuste fiscal drástico, teria consequências negativas para os mais pobres.

Na mesma edição, o artigo de Celso Rocha de Barros sobre o impacto da pandemia e de Donald Trump no cenário global gerou uma reflexão de Berenice Gaspar de Gouveia, do Rio de Janeiro (RJ). Ela sugeriu que seria o momento de cobrar mais dos bilionários, que tiveram grandes ganhos durante a crise, em vez de sobrecarregar as camadas mais pobres da população.

No campo da política, Alexandre Sartori Barbosa, de Curitiba (PR), defendeu a atuação de Lula, ressaltando conquistas como a redução da fome, o crescimento econômico e os recordes de geração de empregos. Por outro lado, Helio A. Loureiro, de São José dos Campos (SP), questionou a postura fiscal do governo, afirmando que a irresponsabilidade fiscal poderia levar o Brasil a uma recessão no futuro.

Em relação ao mercado financeiro, Marcos Fernando Dauner, de Joinville (SC), levantou uma crítica à disparidade entre ricos e pobres no Brasil, argumentando que, enquanto a diferença salarial entre os países nórdicos é pequena, no Brasil o abismo entre os extremos é de proporções gigantescas. Romério Pereira de Melo, de Uberlândia (MG), também apontou a falta de uma análise mais equilibrada sobre a economia, sugerindo que o governo não deve ser visto como um vilão em um cenário complexo e multifacetado.

As cartas dos leitores refletiram as diferentes perspectivas sobre a gestão atual e as políticas econômicas em vigor, oferecendo uma visão ampla do debate sobre a situação do Brasil.

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